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CONSUMO CONSCIENTE: A ALTA NA PROCURA POR ROUPAS DE SEGUNDA MÃO

Atualizado: 11 de abr. de 2023

Roupa velha? Energias ruins? Isso ficou no passado! Comprar roupas em brechós hoje tem um significado ainda maior do que apenas preço baixo.



Não é segredo para ninguém que o Brasil é um dos maiores consumidores de moda mundiais, inclusive moda de luxo. Mas temos notado que um certo segmento desse amplo mercado se destaca, sendo mais específicas, estamos falando do aumento significativo do consumo de roupas de segunda mão. Provavelmente, a primeira coisa que deve ter vindo a sua mente são os ‘populares’ brechós, que têm ganhado fama nos últimos anos, mas temos que dizer que esses negócios são só uma das fatias desse mercado.



Mas aí surge o questionamento: por que consumidores têm passado a buscar por mais roupas de segunda mão ao invés das novinhas em folha? Ao olhar de modo geral, pode parecer não fazer muito sentido, mas se nos aprofundarmos, vamos notar que conceitos como sustentabilidade - hoje muito ligada ao surgimento dos ditos humanos éticos -, e a nova onda e ascensão da tendência das peças vintage, por exemplo, notamos que esse movimento, crescente, faz todo sentido. Te convidamos a ficar por aqui, pois hoje vamos entender um pouco mais sobre essa ‘nova’ demanda, também movido por preceitos de consumo consciente. Vem ver:


De uns anos para cá, especialmente durante o auge pandêmico, o mercado de roupas de segunda mão viu seus números crescerem substancialmente, como nunca tinham visto antes, e diferente do que se pode imaginar, não só as compras aumentaram, mas também a venda. Ao contrário do varejo comum, que sofreu uma forte recessão, levando a grandes impactos e crises, o mercado de resale aumentou exponencialmente sua demanda.


Para se ter uma ideia, em 2019, o segmento cresceu em média 21 vezes mais rápido que o mercado de moda como um todo. Podemos dizer que o momento em que estamos vivendo hoje tem grande influência nisso tudo, pois ao mesmo tempo que estamos buscando por liberdade e esperança, também passamos a recorrer a nostalgia e aconchego dos velhos tempos, como forma de escapar da realidade - no melhor sentido da palavra. O retorno popular da estética Y2K e suas peças vistas como datadas, ou a recorrente escolha por peças vintage e de acervo em tapetes vermelhos, são alguns exemplos.





Apesar de parecer um conceito novo, o segmento de roupas de segunda mão vem tentando despontar há muitos anos. No início, de maneira mais tímida, o modelo de negócio mais conhecido de resale eram os brechós, os quais antes eram vistos como maus olhos, por se acreditar que ofereciam produtos de qualidade ruim ou duvidosa. Com o passar do tempo essa ideia foi ficando para trás, - e você provavelmente já teve ou conhece alguém que abriu um brechó - sendo que atualmente muitos desses estabelecimentos possuem grande renome.


Um estudo divulgado pelo Sebrae em 2019, por exemplo, mostra que do ano de 2005 até 2010, o número de brechós aumentou em surpreendentes 219%. Conceitos como consumo consciente e moda sustentável ganharam força e a compra e venda de roupas usadas passou a ser tão relevante quanto a produção de itens novos. Indo além, especialistas e estudiosos da área acreditam que essa fatia poderá salvar o mercado da moda, já que essa é uma forte tendência de consumo para o futuro.


Uma prova disso é a alta no surgimento de empresas e startups focadas nesta área do varejo de moda de segunda mão. Um estudo realizado pelo Sebrae aponta que, de 2020 para 2021, foram criadas cerca de 2 mil empresas nesse segmento, que representam em média um aumento de 48,5% no comércio desses produtos. Agora, chegando à ponta do consumidor, no ano de 2018, uma análise apontou que mais de 56 milhões de mulheres passaram a consumir roupas de segunda mão, nos EUA. Enquanto um relatório de 2021 da gigante do mercado de revenda, ThredUp, revela que 42% das pessoas da geração Z e Millennials consumiram itens de moda resale, e 76% desses consumidores pretendem continuar consumindo tais produtos nos próximos anos.


O mercado de moda de luxo também acompanhou o crescimento nesse segmento, com nomes como Stella McCartney, Gucci e Burberry, que em 2017, por exemplo, depois de sofrer com duras críticas, tanto por parte dos consumidores, quanto de ativistas e especialistas, a marca, que antes incinerava seus produtos sobressalentes, reviu seus processos e fechou parceria com o site The Real Real, onde incentivava seus clientes a revender os itens da grife - em troca, ironicamente, tinham descontos nas compras de peças novas. Mas não para por aí, já que esse é um mercado cheio de possibilidades, no ano passado a The Real Real lançou um projeto de upcycling, que contava com uma coleção com participação de grandes nomes da indústria, como Balenciaga e Jacquesmus.


Um fato importante a ser abordado é que a alta no consumo de roupas de segunda mão não acontece somente pelo fato da crescente tomada de consciência dos consumidores, ou pela preocupação com o meio ambiente e o futuro do planeta. Isso também se deve pelas consequências geradas pela atual crise econômica que estamos enfrentando e as dificuldades financeiras que recaíram sobre a população, as quais começaram a buscar novas alternativas de compra. Outro grande ponto, se não um dos principais, que regem essa mudança nos hábitos de consumo é a internet. Por ficar mais tempo em casa, por conta das restrições sociais impostas pelos órgãos de saúde, o consumidor passou a se aventurar mais pelo comércio digital. Como consequentemente começou a perder o medo de comprar online, abrindo caminho para o surgimento de novos e-commerces, ou re-commerces - como são chamadas as lojas virtuais de revenda e compra.


Por aqui, mais uma vez voltamos a bater na tecla do despertar para um consumo consciente pelo humano ético, trazido pelos tempos de isolamento e pandemia, onde as pessoas repassaram suas prioridades, isso não só de vestuário, mas também alimentação, saúde e assim por diante, e a busca de preços baixos e mais próximos da realidade como impulsionadoras desse mercado.





DICAS DE COMO GARIMPAR ROUPAS EM BRECHÓS



Ali Santos, editora-Chefe da Steal The Look, look stealer, dá dicas para você que é adapta em comprar roupas em brechós.

Ela diz, “Nunca vá com uma ideia pronta na cabeça. A dica das look stealers é garimpar com um olhar bem amplo, afinal, nunca se sabe os tesouros que você pode encontrar no meio das roupas, né? Mas, ainda assim, elas garantem que sempre ficam atentas para estampas, cores e tecidos que se destacam no meio da bagunça”.


Garimpo em brechós online


A look stealer conta que as suas maiores descobertas on-line aconteceram quando ela estava fuçando os perfis de donas de brechós e amantes de vintages. A dica é sempre salvar em uma pastinha do Instagram os seus perfis favoritos - e olha que tem muita coisa boa por lá.


Peças com defeito: vale a compra ou não?


Se a peça estiver com a costura solta ou um botão faltando, acredite, ela ainda tem 100% de salvação. Mas, se por outro lado a roupa estiver com grandes manchas ou partes rasgadas, a Ali indica não investir na peça - a menos que você esteja disposta a reconstruí-la com técnicas de patchwork.


Para saber mais


Vá com calma


Não tem jeito! Um dos grandes métodos para arrasar nas compras do brechó é ir com calma e ter muita paciência durante os garimpos. Durante esse processo, você precisará analisar atentamente cada peça, conferindo se há furinhos ou qualquer sinal de desgaste.


Encontrou alguma mancha? Nesse caso, verifique se há a possibilidade de uma remoção simples. Normalmente, as manchas de tonalidade amarela, localizadas nas golas ou na área das axilas, são difíceis de sair e não valem o investimento. Fique de olho!


Analise o zíper


De todos os detalhes de uma roupa, o zíper é aquele que costuma dar mais problema — especialmente, em se tratando de trajes antigos. Por isso, é interessante sempre testá-lo e checar como anda o seu funcionamento.


Tenha um cuidado ainda maior com os zíperes costurados em peças de couro, já que, muitas vezes, consertar esse tipo de traje pode ser mais complicado do que os demais materiais.


Faça uma boa pesquisa


Existem vários brechós legais espalhados por aí. Mas, para acertar no garimpo é necessário fazer uma boa pesquisa antes mesmo de sair de casa. Procure, por exemplo, indicações de boas lojas em blogs, revistas ou portais de moda.


Caso tenha alguma amiga que seja experiente no assunto, também é válido pedir alguns feedbacks. Assim, você terá a segurança de estar adquirindo peças de qualidade e que estejam prontinhas para dar um UP em seu armário.


Fonte: Steal The Look



 
 
 

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